O que deve saber para negociar em Bolsa
O que deve saber para negociar em Bolsa
A ideia de negociar em Bolsa está muitas vezes associada a clichês criados pelos filmes, em que cada momento é absolutamente dramático e é possível ganhar milhões em poucos segundos, sem grande esforço.
É verdade que é uma forma de investimento que permite obter rentabilidade e que as oscilações podem ser emocionantes, mas trata-se de um mercado regulado e supervisionado, com regras claras. E, como todos os investimentos, implica algum trabalho e conhecimento.
Assim, e antes de começar a investir, há que ter algumas noções básicas sobre como funciona o mercado de valores.
Negociar em Bolsa: conhecimentos básicos
As empresas recorrem à Bolsa para terem financiamento. Para quem investe, as ações e as participações destas empresas são as formas mais comuns e mais simples de procurarem rentabilidade.
Ao comprar ações de uma empresa, passa a integrar essa empresa, o que lhe confere direitos, nomeadamente a votar nas assembleias gerais ou a receber dividendos.
O valor das ações varia diariamente e está muitas vezes dependente de fatores externos que não pode controlar.
Imagine, por exemplo, que comprou ações de uma farmacêutica e que essa empresa começa a comercializar a cura para uma doença. O valor das suas ações vai subir e, se vender, vai ganhar dinheiro. Se, pelo contrário, um produto dessa empresa causar problemas de saúde, as ações desvalorizam.
No caso das obrigações, a empresa pode não conseguir pagar a dívida e, por isso, o investidor pode não receber o dinheiro que emprestou.
Existem ainda outros produtos financeiros mais complexos – como ETF, CFF ou Futuros - que exigem um nível de conhecimento superior e que não são aconselháveis para quem está ainda a tentar perceber como funciona o mercado.
Como negociar?
Negociar em Bolsa não é algo que possa começar a fazer imediatamente, uma vez que, enquanto investidor particular, não pode simplesmente ir a um site e comprar e vender ações.
Os produtos cotados na Bolsa são transacionados através de intermediários financeiros, como Bancos, corretores ou gestores de patrimónios. São eles que vão comprar ou vender, cumprindo as suas ordens.
Existe uma lista de intermediários autorizados pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e quem não estiver registado não pode exercer a atividade.
A CMVM não só supervisiona os mercados mobiliários como, através do Departamento de Relação com o Investidor (DRI), pode esclarecer dúvidas sobre os direitos ou sobre se uma pessoa ou empresa está autorizada a atuar na área da intermediação financeira.
No entanto, o seu Banco ou corretora têm a obrigação de o informar e de esclarecer todas as suas dúvidas sobre produtos financeiros.
Quais são os riscos de negociar em Bolsa?
Negociar em Bolsa não é o mesmo que ter o seu dinheiro numa conta. Ou seja, não é garantido que, quando quiser, pode retirar a quantia que investiu.
Pode ganhar ou, caso haja desvalorização, perder parte ou todo o dinheiro que investiu. As perdas são maiores quando os investidores, perante o primeiro sinal de desvalorização, começam a vender as suas ações por um valor inferior ao da compra.
O valor das ações não é estático e, desde a abertura até ao fecho da Bolsa, existem flutuações que dependem não só do que se passa na empresa – como novos produtos ou bons resultados financeiros – mas também de fatores externos. Uma epidemia, como o Covid-19, ou alterações no preço do petróleo, podem ajudar a valorizar ou a desvalorizar uma empresa.
Por isso, um conjunto de ações que neste momento vale 100 euros, pode, daqui a umas horas, ter um valor diferente.
Outro dos riscos está associado à liquidez, ou seja, à maior ou menor facilidade com que essas ações podem ser vendidas. Para conseguir avaliar a liquidez, basta consultar a informação sobre as transações diárias, disponível no site da Bolsa de Lisboa ou meios especializados.
Custos de negociar em Bolsa
Negociar em Bolsa pode ser lucrativo, mas tem despesas associadas, nomeadamente as comissões dos intermediários financeiros, as taxas cobradas na Bolsa e outros custos associados à gestão da conta de títulos.
Outro aspeto a ter em conta é que o fisco terá de ser informado sobre as ações que vendeu, através do preenchimento do anexo G na declaração de IRS.
Se, com a venda de ações tiver mais lucros do que prejuízos, poderá ter de pagar imposto sobre as mais-valias.
Os dividendos pagos pelas empresas também estão sujeitos a impostos, mas são retidos na fonte, ou seja, o valor é pago ao Estado pela empresa antes de entrar na sua conta.
Dicas para negociar em Bolsa
Agora que já sabe algumas regras básicas sobre o funcionamento do mercado bolsista, poderá estar interessado em investir. O primeiro passo é falar com o seu Banco, que servirá como intermediário.
O aconselhamento especializado é a melhor forma de conseguir ser bem-sucedido neste tipo de investimento, mas há alguns princípios que deve seguir.
Assim, e antes de começar, é importante:
Uma app para negociar em Bolsa
Acompanhar, em tempo real, o que se passa na Bolsa exige tempo e dedicação, mas a App MTrader facilita a tarefa dos investidores, já que permite acompanhar as cotações ou conhecer as melhores ordens de compra e venda.
Permite, ainda, ver e ler pesquisas, comentários e vídeos feitos por especialistas. Numa área em que a informação é vital para fazer bons negócios, esta aplicação dá-lhe acesso a notas que podem ter impacto nos seus investimentos.
Numa só app pode informar-se e também ter acesso atualizado à sua carteira de títulos, ver o livro de ordens e negociar.
A App MTrader é gratuita e é facilmente instalada no seu telemóvel. Se tiver dúvidas, pode ligar para a linha de apoio.