Quanto poupar ao longo da vida

Tirar um curso ou pagar os estudos dos seus filhos, comprar carro ou casa, preparar a reforma. Em cada momento da vida é necessário ter uma poupança que permita realizar sonhos e projetos.

Por vezes, pôr em prática uma destas decisões pode ser difícil, sobretudo quando o orçamento é limitado.

No entanto, é importante estar financeiramente preparado para fazer face às despesas relacionadas com cada momento da sua vida. Só assim poderá tomar as decisões mais acertadas e desfrutar de momentos importantes.

E a melhor forma de o conseguir é poupar, para que possa juntar uma quantia que lhe permita, por exemplo, sinalizar a compra de uma casa ou pagar as propinas quando chegar a altura de ter os filhos na universidade.

Financiar os estudos dos filhos ou continuar a estudar para progredir na carreira são opções que têm o seu custo.

No caso dos filhos, as despesas vão aumentando à medida que se avança na escolaridade, sendo maiores quando se chega à universidade.
De acordo com o estudo "O Custo dos Estudantes no Ensino Superior Português", durante o ano letivo de 2015/16, cada estudante gastou, em média, 6.445 euros por ano.

O valor máximo da propina para o ano letivo 2023/2024 é 697 euros por ano e mantém-se para o ano letivo de 2024/2025.

Assim, e se tivermos em conta a duração média de uma licenciatura (três anos), serão precisos mais de dois mil euros só para propinas. Acrescem ainda despesas com alojamento, alimentação, livros e outros materiais.

Por isso, e até porque muitas vezes se prolonga para além da licenciatura, o ideal será ter entre 15 e 20 mil euros para fazer face às despesas.

Existem apoios sociais e bolsas de estudo concedidas pelo Estado desde a escolaridade obrigatória até à conclusão do ensino superior. Estes apoios são atribuídos conforme os rendimentos e o património do agregado familiar, pelo que vale sempre a pena informar-se das condições de acesso. Algumas autarquias também dão bolsas de estudo aos estudantes com bom aproveitamento.

Se não tem direito a apoios, existem duas formas para fazer face às despesas com a educação, sobretudo no ensino superior.

A primeira, são as contas poupança, que podem começar a ser feitas ainda na infância, permitem que, quando os seus filhos terminem o ensino secundário, possam ter um bom pé-de-meia para as despesas na universidade. No Millennium, as contas para jovens começam nos 0 e vão até aos 30 anos. Por isso, qualquer altura é boa para começar a poupar com um objetivo em mente.

A segunda forma passa pelo crédito universitário, que permite financiar os estudos e, caso queira, só começar a pagar depois de concluído o curso. Esta opção tem o apoio do Estado – que se assume como fiador – e condições vantajosas, mesmo para quem já tem bolsa de estudo.

É uma das primeiras decisões da vida adulta e implica um investimento que, muitas vezes, é ainda suportado pelos pais.

O valor a poupar para quem pretende comprar um automóvel varia em função do modelo escolhido, do facto de ser novo ou usado e de ser pago a pronto ou com recurso ao crédito.

Para além do valor do carro, temos de considerar as outras despesas, como o seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, os combustíveis, as revisões e inspeções anuais e o Imposto Único de Circulação. Por isso, caso queira comprar um carro tem de poupar não só o valor que paga pelo veículo, mas também a entrada, no caso do crédito, e todas as despesas relacionadas.  

Resultado: o valor a poupar pode situar-se entre os cinco e os dez mil euros.

Tal como acontece com o financiamento dos estudos, o seu Banco também pode ser bastante útil quando decidir comprar um carro.

Se este é um plano a médio ou a longo prazo, pode começar uma poupança, com entregas programadas ou com a opção de reforçar a conta quando receber um extra.

Se precisa de comprar já um carro, o Leasing Automóvel pode ser a solução mais adequada, uma vez que proporciona mensalidades mais baixas e flexibilidade nos prazos, na entrada e no valor residual final.

A grande vantagem desta solução é que, no final do contrato, pode ou não comprar o carro. Esta solução de financiamento só pode ser usada em carros novos.

Caso queira comprar um carro usado, fale com o seu Banco para descobrir outras soluções. O renting ou crédito são soluções igualmente disponíveis.

Para casar, para aumentar a família ou para ter um espaço próprio, comprar casa é um passo importante na vida de qualquer pessoa e uma das mais comuns quando se começa a trabalhar.

Com o valor das rendas a subir, muitas pessoas optam pela compra, até porque os imóveis podem ser considerados como um investimento com margem para rentabilidade.

Neste caso, há duas coisas a ter em conta. Por um lado, e mesmo que recorra ao crédito, terá de ter sempre um montante inicial, uma vez que não existe financiamento bancário a 100%.

Por outro lado, deverá calcular o peso que a prestação do crédito habitação pode ter no seu orçamento familiar. 

Tal como acontece com a compra de um automóvel, a aquisição de uma casa tem uma série de despesas associadas, incluindo o sinal, despesas de avaliação do imóvel, despesas relacionadas com a abertura de crédito, escritura, registos e impostos.

Além das prestações e das despesas como água e eletricidade, ter casa própria implica também pagar regularmente outras despesas como seguros, Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) ou condomínio.

Segundo os dados obtidos pelo Instituto Nacional de Estatística, o preço médio dos alojamentos familiares em Portugal em 2022 foi 1494 euros por metro quadrado. Ou seja, uma casa com apenas 50 metros quadrados custaria mais de 74 mil euros.

Ainda assim, e se quiser comprar casa com recurso ao crédito, será bom ter pelo menos 20% desse valor. Ou seja, a poupança necessária seria cerca de 15 mil euros.

O crédito habitação é, para a maioria das pessoas, a solução para comprarem a sua casa. Através dos simuladores do Banco de Portugal ou do seu Banco, pode ter uma ideia de quanto terá de pagar para ter a casa que procura.

Os valores dependem de uma série de fatores, como a duração do empréstimo, o tipo de taxa contratada e, claro, o valor do imóvel.

No Millennium existem soluções para jovens entre os 18 e os 30 anos, para pessoas com deficiência e para todas as situações, desde a aquisição até à construção ou transferência de crédito.

Poupar para a reforma é algo que deve começar a ser feito o quanto antes. Ou seja, quanto mais cedo começar a poupar, menos terá de poupar todos os meses e mais opções de investimento terá.

A ideia é que, depois de deixar de trabalhar, possa manter o seu nível de vida e tenha uma poupança para fazer face a qualquer emergência que possa surgir nessa altura.

Uma vez que a sua pensão vai ser inferior ao rendimento que recebia anteriormente, será bom poder contar com este fundo de reserva.

O valor vai depender muito do que tiver poupado ao longo da vida, mas se tivermos em conta que a esperança média de vida é de quase 20 anos após a reforma, ter uma poupança mínima de 100 mil euros poderá ser um bom princípio.

São várias as opções que pode encontrar no seu Banco para começar a preparar para a reforma.

Os depósitos a prazo são uma solução, mas as contas poupança, com entregas mensais a partir de 25 €, ajudam a construir uma almofada financeira que pode ser bastante útil para quando deixar de trabalhar.

Os PPR, associados a fundos de investimento ou a seguros, além de benefícios fiscais, podem ser resgatados em caso de emergência. 

Qualquer etapa da sua vida é boa para poupar e para definir novos objetivos de poupança. E começar a poupar é sempre uma boa decisão, seja qual for o seu objetivo.